segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

COMPARANDO O LE MAGIC: BRASIL E FRANÇA

COMPARANDO O LE MAGIC: BRASIL E FRANÇA

 André Rangel   "Brock"





O Começo e o Recomeço

Fala galera! Esse é meu primeiro artigo aqui para o Arena Magic então gostaria de começar me apresentando. Meu nome é Brock, mas alguns insistem em me chamar de André, tenho 22 anos e comecei a jogar magic com uns 14 anos, acho que como a maioria aqui jogava cm os amigos da escola, não sabia o que era shield, T2, Legacy. Só sabia que era mana Raio em você, mana Incinerar em você e, finalmente, mana MAIOR CARTA JÁ IMPRESSA:


                                  véééi, 3 manas = 6 de dano, Ball Lightning > Q tudo no Magic

Mas, também como deve ter acontecido com muitos de vocês, o tempo passa, outras coisas vão aparecendo e tomando o tempo que era do magic e a gente acaba deixando o jogo adormecido. Eu disse adormecido, por que a maior verdade que eu conheço é: Não existe ex-jogador de Magic. Então, um dia eu chego na casa do meu grande amigo Fausto, para uma habitual mesa de D&D (Sim, a nerdice nunca adormeceu) e ouço a seguinte frase: ”Cara, baixei Magic Online, Muito louco!”  Foi o estopim, e sob a má influencia de Francisco Ferreira (Vulgo Chico da Meia-noite) o magic recomeçou, conheci um pessoal  MUITO massa que organizava uma tal de Liga Arena e devo admitir que dessa vez sim, eu vi o magic de verdade e gostei muito do que vi e do que joguei!

Só que atualmente, ando meio afastado dessa galera, pois faz seis meses que me mudei para Grenoble, sul da França, onde atualmente estudo engenharia (Já avisei sobre a nerdice) e isso é o que nos leva ao motivo desse artigo:


                          Vocês podiam ter me avisado que era foda entender a matéria aqui né

Brasil X França

O Magic:

Não posso afirmar que o jogo seja mais popular aqui que no Brasil, mas uma coisa eu posso dizer: no Brasil o jogo permanece Underground!

Aqui na faculdade você encontra uma rodinha numa mesa jogando Magic, coisa que eu nunca tinha visto na minha faculdade do Brasil, e acho que dificilmente vou ver, assim como eu vi pessoas com camiseta Gideon Jura, Mirran-Phyrexia e outros desenhos relacionados ao Magic fora de campeonatos de Magic.
Sem mana, sem chocolate O_o,  nem todas são boas...

Eu atribuo essa maior exposição, e possível maior número de jogadores a economia local. Um booster da ultima coleção no Brasil custa 10, 12 reais, aqui a gente paga 3, 3 e 50 euros. Tá certo que se você fizer a conversão o preço não sai tão diferente, mas o ponto é uma criança brasileira tem q pedir deilão para o pai, enquanto aqui o moleque pode juntar umas moedas e ir à loja comprar um, isso estimula a abertura de lojas (aqui na cidade tem 3, está para abrir a quarta), essas lojas são pontos de FNM, isso atrai mais jogadores e a Wizards fica rica o ciclo continua. Mas, como não estou aqui para fazer um protesto contra impostos, passemos ao próximo tópico.


               O segundo pela metade do preço? Não rola isso ai nas singles também não Wizards?

Os formatos e os decks:

Antes de escrever esse artigo fiz algumas perguntas para o pessoal que joga aqui e todos disseram que o formato mais jogado na França, assim como no Brasil, é o T2. Porém o povo parece jogar por que tem que jogar se quiser participar de FNM, e outros eventos Wizardisticos, tanto que a maioria não se importa em jogar com os decks tier 1 do formato.

Tem muito deck rogue, muita lista própria, muito deck tier 1 incompleto, e muito mas muito mesmo deck com cartas que os caras gostam!! A filosofia é mais ou menos assim: “Essa carta é podre, mas eu acho ela legal e tem um cobinho legal com essa outra carta podre... Já sei vou colocar elas no meu T2”. É claro que você encontra os bons decks do formato(que, diga-se de passagem, são vários depois dessa ultima expansão) mas se você vier jogar T2 aqui prepare-se para ver coisas que você nunca achou que ia ver num Contructed.

Outro formato bastante popular aqui é pauper! Tem torneios regularmente de pauper classic e algumas variações como o peasant (pode ter até 5 incomuns nos decks) e até o, pasmem, pauper T2! O peasant eu me lembro de ter pelo menos ouvido falar no Brasil, ao contrário do pauper t2, o que é uma pena porque ambos os formatos são muito divertidos! Um campeonato de pauper T2 é certeza que você vai rir muito, fazer jogadas absurdamente estranhas e tudo isso só juntando os restos daqueles drafts do mês passado!

Continuando a linha de formatos mais casuais o Commander também merece um destaque, tem sempre alguém jogando/procurando cartas para montar seu deck. Acho que em todo lugar a tendência é a mesma o formato é muito divertido e permite uma infinidade de decks, só pode ser bom!

Mas caras têm paixão mesmo é pelo legacy! Quase todos os jogadores têm um deck no mínimo decente e toda tarde que você vai à loja que eu freqüento ta rolando legacy em pelo menos uma mesa.

Lembro da primeira vez que eu fui lá, tinha dois caras jogando e um molequinho, que devia ter uns 13 anos, esperando com seu deck na mão. Perguntei: -- Posso ver? As três primeiras cartas que eu vi no deck do moleque eram:

 
                                   Mano? Véii? Vc nunca ouviu falar de Ball Lightning não?

 Sobre o Modern eu não posso falar, quando eu saí do Brasil o formato estava se estabelecendo e aqui ele simplesmente não existe, nuca vi ninguém jogando e nem mesmo falando do formato.
Os jogadores

O perfil dos jogadores não muda muito em relação ao Brasil. A maioria é nerd (não neguem), homem, o que faz as namoradas (Não é pq a gente é nerd que não tem namorada )acharem que FNM é uma invenção de Deus para combater arma demoníaca chamada Futebolzinho com os amigos, ou seu equivalente Frances: happyhour no pub.

Na faixa etária vai desde a criançada até o pessoal mais velho, com exceção que aqui talvez o mais velho seja um pouco mais velho mesmo. Enquanto no Brasil a faixa etária dos jogadores mais velhos é a idade do Aloyr 30-40 anos, aqui já joguei partidas contra adversários de cabelos brancos!

A diferença mais gritante que eu pude notar é o nível de competitividade dos jogadores. Não sei se o pessoal do Brasil com quem eu jogava é q era mais focado em competição, mas o povo aqui me parece mais descontraído. “Putz, errei aqui... Não tem problema, pode voltar a land p mão” ou coisas parecidas são bem mais comuns de se ouvir aqui do que eu me lembro do Brasil.

Resumindo

Para concluir moçada só posso dizer que apesar de todas as diferenças apontadas o principal no jogo se mantém: A diversão de jogar cartas e camaradagem entre os jogadores! Não importa se você não lembra como se fala tal palavra, se você não entendeu a piada, ou tem uma que ninguém vai entender, quando você baixa a primeira land o gelo foi quebrado!

Tenho aula de segunda a sexta em período integral e jogo FNM durante 4 horas e posso garantir que fiz muitos mais amigos e converso muito mais com os jogadores do que qualquer um na minha sala.
Fico contente em poder dizer que o nosso hobby tem esse efeito e fica a dica quando vierem para essas bandas é só me dar um toque que falta de Magic vocês não passam =D

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Willy Edel o homem que virou carta



 
Depois de três meses de reflexão e muitos debates com Fernanda, sua mulher, Willy Edel decidiu reunir a família para comunicar a novidade não muito palatável. Aos 27 anos, filho dos sonhos de nove entre dez famílias, ele vinha sendo promovido rapidamente na Shell e conciliava o emprego com dois mestrados concomitantes, em estatística e em engenharia de produção. Achou melhor ser direto: "Pai, mãe: recebi uma proposta de patrocínio para ser jogador profissional de Magic e vou aceitar."

O pai, que já comemorara bodas de prata como funcionário da Petrobras, temeu pelo pior e perguntou o que isso queria dizer. "Só que eu vou trancar as faculdades e pedir demissão", ouviu. Para os desinformados, Magic é um jogo de cartas, e o pai tinha culpa nesse cartório. Durante a adolescência do filho, recompensara a aplicação nos estudos com pacotinhos de Magic comprados com regularidade em bancas de jornal.

Antes que o homem começasse a amaldiçoar em voz alta o fiasco do seu programa de incentivos, Willy se apressou em informar: "Eles me garantem o mesmo salário e bancam todos os gastos nos campeonatos, além do dinheiro dos prêmios." A conta era promissora. Mesmo dando duro na Shell, Willy conseguira participar de alguns campeonatos internacionais e, nos seis meses anteriores, acumulara o equivalente a quatro anos de trabalho. "E é só por um tempo, depois ele volta fácil pro mercado de trabalho", explicou Fernanda, pondo panos quentes.

O jogo Magic - The Gathering foi criado em 1993 por um professor de matemática americano, Richard Garfield. Cada jogador começa com vinte pontos de vida e persegue o objetivo de destruir o adversário retirando-lhe os pontos e a vida. Isso é o básico. O resto tem mais subenredos do que Guerra e Paz. Os elementos do jogo parecem saídos de Avatar via Paulo Coelho. Jogadores são entidades de "pura energia", "andarilhos" nos vários planos da vida. Fala-se em feiticeiros, vampiros e cabala.  É esoterismo para Castañeda nenhum botar defeito.

O gênio de Garfield foi ter criado um baralho com cerca de 10 mil cartas - até a última contagem, pois elas continuam a ser inventadas -, todas com o poder de deixar salivando qualquer adolescente curtido em videogames. O apreciador seleciona sessenta cartas com as quais enfrentará o inimigo. Nelas haverá criaturas como o Dragão Vulcânico ou o Guerreiro Ogro e lugares como a Catacumba Submersa ou o Castelo de Gárgula, a par de encantamentos com nomes vagamente científicos, como Linha de Força da Singularidade, ou mais prosaicos, como Manto Mofado, um castigo que não soa particularmente ameaçador, salvo para o eventual adolescente que sofra de coriza.

São 6 milhões de jogadores espalhados por mais de setenta países, e Willy é um dos mais bem-sucedidos. Ele se diz um competidor contumaz: "Quando fui prestar vestibular, além de estatística, que era o que eu realmente queria, prestei também para direito, só para competir com a minha namorada na época. Eu passei e ela não. O namoro acabou ali." O Magic era apenas mais uma das arenas em que se punha à prova. Durante férias na Shell, soube que fora convidado para um mundial nos Estados Unidos. Conquistou o segundo lugar. Na volta, decidiu parcelar o resto das férias para participar dos mundiais seguintes. Seu chefe topou.

Foi um pulo até a glória. Quando viu, estava autografando cartas em lojas dos Estados Unidos. Como as finais são transmitidas pela espn, seu rosto já era conhecido dos aficionados. Na volta de um campeonato em Kobe, no Japão, uma comissária de bordo veio avisar que um passageiro pré-adolescente queria tirar uma foto com ele. Para um segmento particular da população, ser Willy começava a ser mais bacana do que ser Ben Stiller. A empresa proprietária do jogo estava atenta.

Willy não fez feio. Em pouco tempo, alcançou o píncaro mais elevado a que um jogador de Magic pode aspirar: tornou-se uma carta. Não tem função estratégica, é apenas comemorativa, mas ali está ele, sorrindo timidamente para o mundo. É como se homenageassem Warren Buffett estampando seu rosto no tabuleiro do Monopoly (aliás, do mesmo fabricante do Magic, a gigante Hasbro).



Willy ganhou o suficiente para comprar uma casa e um carro. Nas suas andanças pelo mundo, acumulou cerca de 200 mil milhas aéreas, mais ou menos a distância entre o Rio Comprido, onde mora, no Rio de Janeiro, e a lua. Fernanda, que nem sempre podia acompanhá-lo, começou a achar menos graça na história.

Era hora de aproveitar a fama para sair no topo. Não renovou o contrato de patrocínio, abriu uma consultoria de jogos e uma loja on-line de cartas de Magic e hoje vive confortavelmente dos seus negócios. Ainda se permite a média saudável de 30 horas de Magic on-line por semana, durante as quais divide em quatro telas o seu monitor de 27 polegadas, para se distrair com quatro jogos simultâneos.

Willy está com 30 anos. Seu plano é se aposentar aos 35, objetivo mais comum do que se imagina nesse métier. "O sonho de vários amigos meus que vivem de jogos como Magic e pôquer é parar antes dos 40." Parar e aí, finalmente, ter tempo de jogar só pela beleza do jogo.


Matéria cedida por Willy Edel
Link: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao_42/artigo_1269/O_homem_que_virou_carta.aspx


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Report 2ª Parte

Bom, vamos à segunda parte do report. Acabei demorando mais do que eu esperava para escrever essa segunda parte, devido às festas de fim de ano, mas vamos lá!

Esperava poder dormir bem no sábado que antecedia a final e chegar descansado pra jogar, mas como ia ter Bloody Mary no Backstage um dia antes, minha esperança era vã. Então, no domingo, lá fui eu, de ressaca, para a rodoviária de Aparecida esperar o pessoal que ia se encontrar lá para ir para a chácara onde seria a final. Saímos de lá umas 9:20 após a chegada do último ônibus que trazia o Anselmo. Chegando na chácara deu pra ver que o dia seria bom. Sol, piscina, churrasco, cerveja e a galera toda reunida para jogar magic, só poda ser bom!

O pessoal chegou e foi arrumar e listar os decks, enquanto isso fiquei dando uma rodada atrás de cartas novas, props pro Roger que levou uma pasta cheia de foils e que me fez um preço bom em 3 Emrakul promo, 1 Bosh foil em pt e 1 Embaixador Laquatus foil em pt! Após isso bora listar o deck antes que o Ricardo resolvesse me punir fisicamente por demorar. Os dois primeiros colocados do ranking ganhavam bye 1 na final, então eu e o Júlio não jogaríamos a primeira rodada, de modo que pudemos ficar olhando os jogos. Deu para perceber uma grande variedade de decks, todos completos! Eram 14 jogadores e os decks eram:

3 Wolf Run (O deck que era um verdadeiro inferno para mim) Pilotados pelo Casasanta, Octávio e Aloyr

2 Wr Tempered Steel – Rato e eu

2 UW Humans – Zé e Amanda

1 Grixis Control – Júlio

1 GWu Pod – Labastie

1 UW Control – Chico

1 UB Control – Juninho

1 Solar Flare – Dudu

1 Uw Illusions – Ricardo

1 RG Werewolves – Kahl

Esperava não enfrentar nenhum Wolf Run no segundo game, pois o deck usa 3 Slagstorm no main mais 4 Ancient Grudge no side, tornando o match beeeem ruim. No final dois Wolf runs acabaram se enfrentando e o outro acabou empatando com o pod na primeira rodada, de modo que seria difícil enfrentar qualquer um deles. Acabei enfrentando o Chico que estava de UW Control que tinha acabado de vencer o Rato que também estava de Tempered Steel, o que me desanimou, uma vez que a minha lista e a do Rato era bastante igual, com poucas cartas diferentes. Mas vamos ao match!
Não me lembro muito bem do primeiro game, só sei que matei ele com 2 Galvanic Blast um turno antes de ele conseguir controlar o jogo. O deck dele era bem chato mas não conseguia lidar muito bem com Glint Hawk Idol. 
Segundo game foi um estupro. Divine Offering já é bastante ruim. Seguida de Snapcaster chega a ser injusta... Perdi para duas fichas de espírito cada uma equipada com uma espada diferente...
Terceiro game eu abri com a god hand do deck, faltando apenas uma segunda fonte de mana. Decidi jogar, uma vez que, com 19 terrenos, o deck mulliga MUITO mal e mesmo com o único terreno que estava na minha mão eu já poderia botar alguma pressão. Comecei de planície, Signal Pest e 2 Memnite. Ele começou de land vai. Ataquei com as 3 criaturas para 4 de dano e passei, uma vez q não comprei land. O jogo continuou assim por um tempo até que bastante tempo depois eu comprei a segunda e a terceira land. Nesse momento ele estava na frente da race com alguns espíritos, mas quando eu resolvi o Tempered Steel o jogo mudou de lado, obrigando ele a destruir seus espíritos junto de meus myrs com um Day of Judgement. Após isso baixei um Campeão Entalhado que foi morto por outro Day. Porém o segundo Campeão não achou resposta e acabou com os pontos de vida do Chico, 4 pontos por vez.
Ganhei de 2x1 num game que não foi exatamente justo, uma vez que ele comprou metade do deck e nenhum Divine Offering, mas apesar disso foi bastante divertido! Sabia que o Chico conseguiria se classificar, afinal ele é um tremendo player e tava muito bem treinado.

Na terceira rodada fui emparceirado com o Júlio. Decidimos empatar pois com 7 pontos nós provavelmente conseguiríamos passar e ainda teríamos a chance de empatar a quarta rodada, uma vez que os outros dois que tinham 6 pontos, o Zé e o Juninho também iriam empatar. Jogamos só por diversão e também pq ele queria testar um novo modo de sidear contra meu deck. Tirando os counters e mantendo as Chandras. Perdi o primeiro game para uma Chandra que tem a chata habilidade de matar uma criatura minha por turno enquanto cresce. Ganhei os outros dois pq, se ele não tem como lidar com meus Tempered Steel (counters), eu simplesmente ganho, independentemente do que ele tente. A menos, claro, que ele baixe Chandra seguido de Sorin’s Vengeance.
 
A quarta rodada eu não lembro exatamente contra quem eu fui emparceirado, se com o Zé ou com o Juninho, mas, como tínhamos decidido antes, empatamos e garantimos nossa classificação para o top 8. Durante essa rodada eu aproveitei para tomar umas cervejas pq eu drafto (adoro o modo como draft virou um verbo) bem melhor “alegre”.

O top 8 foi, não nessa ordem exatamente:

Rato (que realmente ficou em primeiro, com 9 pontos)
Eu
Júlio
Chico
Juninho
Aloyr
Octávio

Começamos o draft e no meu primeiro booster não veio nada muito impressionante. Eu costumo forçar o RG Werewolves nos drafts de Innistrad pq o verde e o vermelho possuem criaturas com uma curva de mana excelente. Como não tinha nenhuma criatura boa nas cores no meu primeiro booster eu optei por pegar uma Adaga Incrustada de Prata. Normalmente não gosto de usar equipamentos no RG, uma vez que você sempre tem criaturas para jogar, elas costumam ter tamanhos parecidos e nenhuma evasão, de modo que o equipamento não costuma ser realmente relevante. Se ele se tornou necessário é pq o jogo está num impasse e você não precisa de algo que simplesmente aumente o poder de uma criatura. Suas criaturas já são grandes o suficiente sem ele e tal, de modo que o um cutelo que da trample ou o equipamento que da voar são melhores NO RG. De qualquer modo, peguei a Adaga pq ainda não sabia se ia forçar realmente o RG e a Adaga me deixaria mais a vontade para partir para outro arquétipo, sem contar que sempre existe a possibilidade de ganhar uma vitória automática com a adaga mais um Invisible Stalker. No segundo booster o Stalker acabou aparecendo, porém junto de uma bomba rara foil. Quem não me conhece pode até não entender, mas quem me conhece sabe muito bem o que significa para mim ver uma foil. Sou apaixonado por foils! Pego qualquer coisa que brilhe, independentemente da raridade ou jogabilidade. Então, quando eu vi aqueles Queridos Defuntos brilhando minha mente “tiltou” (olha outro neologismo). O pessoal que estava assistindo o draft se divertiu com minha indecisão, segurando o Stalker e os Defuntos na mão, sem saber qual escolher. No final optei pelos Defuntos, pois lembrei de um arquétipo que foi discutido no blog da Let’s Collect sobre um BW a base de sacrifícios que tinha me parecido bastante bom na época, e que eu poderia tentar. Sem contar que o branco possui uma quantidade bastante boa de flyers, de modo que a Adaga seria bastante boa no deck. Meu terceiro pick, como que para me mostrar que eu realmente estava escolhendo certo, me trouxe um Tributo à Fome. O quarto pick, para selar a escolha, foi um Falkenrath Noble.

O deck ficou assim:

1 Falkenrath Noble
1 Dearly Departed
2 Morkrut Banshee
1 Tribute to Hunger
1 Abattoir Ghoul
1 Altar’s reap
1 Disciple of Griselbrand
1 Corpse Lunge (odeio essa carta, mas foi minha única opção de remoção...)
1 Moan of the Unhallowed
1 Dead Weight
1 Vampire Interloper
1 Midnight Haunting
1 Traveler’s Amulet
1 Selfless Cathar
1 Elder Cathar
1 Voiceless Spirit
1 Gallows Warden
1 Mausoleum Guard
1 Cloistered Youth
1 Unruly Mob (mamáquina)
1 Silver-Inlaid Dagger
1 Galvanic Juggernaut
8 Swamp
9 Plains

Não fiquei exatamente feliz com o deck, uma vez que faltavam cartas demais. Pelo menos mais duas remoções, Doomed Traveler e mais um Nobre, mas também não o achei de todo ruim.

Agora era eliminatória, quem perdesse tava fora então cada jogo valia demais!
A primeira rodada foi:

Eu x Octávio
Júlio x Juninho
Zé x Chico
Rato x Aloyr

O Octávio era, de longe, o que tinha menos experiência em drafts mas, apesar disso, foi, de longe, o jogo mais difícil que eu joguei
.
Começamos e eu fiz, de segundo turno, uma Cloistered Youth que tomou um Geistflame. Ele jogava de UR com Geistflame e Brinstone Volley e alguns flyers azuis e alguns encantar criatura. A primeira partida ele levou com uma espécie de megazord que tinha como centro um Ashmouth Hound encantado com um Furor of the Bitten, Spectral Flight e Curiosity. Encantar criaturas costumam ser horríveis, tanto em constructed quanto em limited. Quando estão todos na mesma criatura, como era o caso, são ainda piores, pois uma simples remoção é o suficiente para uma troca de 4 x 1. Porém, quando seu oponente não compra nem uma remoção sequer uma criatura desse tamanho passa a ser mortal, do modo que foi comigo. Dei uma desanimada após perder esse game, mas coloquei na cabeça que tinha sido por sorte e que bastava eu ter comprado uma remoção que o jogo teria acabado sem que nada daquilo acontecesse. Também me animei com a idéia de que, se ele usava tanta carta ruim, os outrs jogos seriam fáceis. Ledo engano... No segundo jogo o deck resolveu me abandonar de maneira mais óbvia, mana screw... Parei na quarta land, tendo que lidar com um Murder of Crows e Ashmouth Hound encantado com Spectral Flight. Minha quinta land me trouxe Gallows Warden que foi morto por um Brinstone Volley. O turno seguinte era decisivo, ou eu comprava uma planície para baixar o Dearly Departed ou eu perdia. A sorte resolveu sorrir para mim e os Dearly Departed agora comandavam os céus. Mas não ficou assim, meu oponente comprou um Falkenrath Marauders que, junto com as outras criaturas, me levou a 1 de vida. Meus Queridos Defuntos levaram a Revoada de Corvos e tudo estava bem. Minha mão era 1  Corpse Lunge e 1 Midnight Haunt, poderia bloquear os Vândalos com meus Defuntos e usar Corpse Lunge, removendo Gallows Warden, para matar o Ashmouth Hound. Porém ele jogou, em seu próprio turno, um Cackling Counterpart copiando os Vândalos e atacou com tudo. Joguei o Midnight Haunt e o Corpse Lunge e bloqueei todas criaturas, matando meus espíritos e todas as criaturas dele. Após isso comecei a atacar e baixei um Nobre. Virou uma corrida contra o tempo, ou ele comprava um Geistflame ou perdia. No final ele perdeu!  :D
O terceiro game foi um pouco mais tranquilo. Ele mulligou a 5 mas ainda assim conseguiu baixar um Invisible Stalker e o equipou com um Butcher’s Cleaver (Ah! Fresh Meat!) o que me deixou preocupado, mas como Urza estava do meu lado, meu draw me trouxe um Tribute to Hunger. Selei o jogo com o Juggernaut
.
As semi-finais foram:
Eu x Chico
Juninho x Aloyr

Contra o Chico o deck veio como devia vir no meu mundo perfeito. A curva veio ótima e parecia que eu jogava com 3 nobres, nos dois jogos eu fiz ele de quarto turno. Ele estava de uW com várias criaturas pequenas e Avacynians Priests. Unruly Mob jogou muito, ficando gigantesco e levou o primeiro game. O segundo eu ganhei com uma combinação de Nobre, Juggernaut e Disciple of Griselbrand. É impressionante como Juggernaut e Disciple funcionam bem quando se quer fugir de Avacynian Priest. Enquanto isso o Nobre pingava a vida dele.

E então, a final!
Eu x Juninho

Todo mundo esperava a vitória do Juninho, uma vez que o deck dele estava muito forte, um RG com vários lobisomens incríveis e até mesmo um Prefeito! Começamos e foi um jogo de bastante atrito mas que foi vencido pelos meus flyers. Houve, nesse jogo uma jogada onde ambos erramos. Ele atacou com uma criatura de poder 3 que foi bloqueada pelos Queridos Defuntos. Ele então baixou um Blazing Torch, equipou um bicho e a sacrificou para matar meus Defuntos. Até ai tudo bem, porém eu controlava um Gallows Warden que faria meus Defuntos sobreviverem (que frase estranha...). Isso só foi notado por um espectador na rodada seguinte. Uma vez que estávamos jogando apenas para decidir o campeão, uma vez que tínhamos decidido splitar a premiação (uma box e meia para cada) optamos pelo fair play e deixamos os Defuntos no cemitério, ao invés de voltar jogadas e causar dor de cabeça. No final acabei vencendo com o próprio Gallows Warden. O segundo jogo foi bem parecido com o primeiro, porém a diferença foi feita pelo meu par de Banshees que entraram, uma no sexto turno e outra no sétimo, ativando suas habilidade graças ao Discípulo de Griselbrand e selando o jogo.

Após isso foi só alegria! Fui jogado na piscina, bebi cerveja no meu troféu (que finalmente veio para Lorena!) e ficamos até anoitecer na água bebendo cerveja!




Props:
-Ricardo que teve um trabalhão organizando tudo mas que a cada semestre se supera na liga!
-Rato por ter me dado a ideia de usar o deck, por ter me provado que vermelho é bom e que, depois de muito discutir, percebeu que Etched Champion é muito bom!
-Zé que joga pra caralho e representou a Arena super bem no Chile!
-Aloyr que mesmo meio parado fez top 4 e mostrou que, mesmo gordo, é gente boa pra caralho!
-Júlio pela disputa super divertida durante a classificação e pelas dicas do deck, sem contar os Signal Pests emprestados.
-Amanda por sempre perder pra mim!
-Juninho que sempre me passa foils e fala mal dos meus decks!
-Octávio que mesmo sendo chato, é legal!
-Chico pelo grande player que é e que é sempre divertido de jogar contra.
-Labastie que guardou meu deck quando eu esqueci na loja dele, me passa foils, mesmo que caro e que é gente boa pra caralho.
-Roger pelas foils e por ter feito um bom trabalho como juiz.
-Toru e Tub que chegaram atrasados e me convenceram a beber pra passar a ressaca.
-Kahl que começou a jogar com a gente esse ano e fez um resultado muito bom!
-Pra todo resto do pessoal que fez esse semestre tão divertido!

Slops:
                -Churrasco caro no dia.
                -Anselmo que ta gordo.
                -Dudu, pq não conseguiu entrar no top 8 e não me passa as cartas que eu quero.
                -Boosters de Scars que eu abri e não veio nada de bom.
                -Cartas dupla face.
                -Ancient Grudge.
                -Slagstorm.
                -Snapcaster por ser caro e não vir nos boosters que eu abro.
                -Aires, por existir.




É isso, galera, esse semestre tem mais e espero poder, em julho, escrever outro report desse!