Escrito por Nemesis
Traduzido por João Fernandes Lelis
Traduzido por João Fernandes Lelis
Serra
Embora nem
o local nem as circunstâncias do nascimento da planinauta Serra
sejam conhecidas, é sabido que seu nome vem de uma deusa
benevolente, e ela foi profetizada como representante da chegada
dessa deusa. As profecias se mostraram corretas. Mesmo que as
condições de sua ascensão sejam tão misteriosas quanto as de seu
nascimento, ela logo ergueu-se como uma planinauta e começou a vagar
pelos planos do multi-verso.
Há uma
quantidade desconhecida de tempo atrás, ela se cansou de vagar e
decidiu estabelecer-se num único lugar e criou seu próprio plano,
um plano perfeito de mana branca. Embora ela tenha tentado eliminar
todos os outros tipos de mana de seu plano, foi apenas possível
minimizá-los. Infelizmente, seres com uma essência de cor diferente
de branco, principalmente preto, poderiam desbalancear o plano e
destruir sua perfeição se aparecessem frequentemente. Assim, Serra
proibiu a utilização de mana preta e seres com essa essência.
Serra
começou a trabalhar na criação de um plano perfeito. Ela criou um
palácio para ser sua morada de cristal e pedra. Seu santuário
interior era uma sala gigantesca cheia de pássaros e árvores,
conhecido como Aviário de Serra. Sua câmara mais privada ficava nos
galhos de uma das árvores. Nessa câmara ficava o casulo. O casulo
era um poderoso artefato formado por um cristal brilhante. Seu
propósito era diminuir a velocidade de degradação de seu reino.
Assim como o Inefável de Phyrexia dormia para manter seu reino,
Serra dormia para manter o seu. O casulo também podia curar quem
quer que dormisse em seu interior.
Serra
criou incontáveis ilhas que flutuavam em volta de seu reino. Tudo lá
ficava em seu estado de maior beleza: o sol mantinha-se em seu nascer
no oeste e as flores ficavam permanentemente em florescer total. O
tempo não era medido, pois quem precisava de tempo em um lugar
perfeito? Não havia necessidade de comida e água, uma vez que o ar
era fonte de nutrição suficiente.
Serra
então criou vários seres para preencher seu reino. As Irmãs de
Serra eram atendentes parecidas com humanos que a serviam em seu
palácio. Anjos eram seres alados que patrulhavam o reino e viviam
fora do palácio. Arcanjos tinham a missão de punir todos os
malfeitores encontrados no plano.
Nascimentos
eram raros, então quando os pais estavam esperando uma criança eles
podiam residir no palácio, sob cuidados diretos de Serra. As
crianças eram educadas pessoalmente por Serra. A eles eram ensinados
serviços, meditação, fé e outros valores.
"Acredite
no ideal, não no ídolo."
Um dia os
anjos encontraram algo que mudaria o reino de Serra para sempre.
Enquanto estava sendo perseguido por phyrexianos, o planinauta Urza e
seu companheiro phyrexiano Xantcha, acabaram parando no reino. Ambos
estavam inconscientes. Eles foram levados para o julgamento de Serra.
Urza tinha a essência em mana branca, de modo que foi permitido a
ele ficar no casulo e ser curado. Xantcha, no entanto, tinha a
essência em mana preta, o que era o suficiente para um mandato de
morte. Serra não teve como saber se Xantcha era importante ou não,
e ficou exitante em fazer qualquer coisa à ela, uma vez que isso
poderia danificar o artefato e, possivelmente, Urza. Além disso,
Serra pensou que ela iria provavelmente morrer. Ela não buscava a
morte, apenas a vida e por isso deixou que Xantcha ficasse isolada em
uma das ilhas, sob a vigia de uma de suas Irmãs.
Serra
mandou que guardassem Urza enquanto ele se curava. Por cinco anos
eles esperaram.
Cinco anos
depois, Urza estava completamente recuperado. Xantcha também havia
acordado. Ela estava abandonada em uma das ilhas, sob a vigia direta
de uma das Irmãs de Serra. Infelizmente, Serra não sabia onde
Xantcha havia sido colocada e os arcanjos estavam a procurando para
destruí-la.
Xantcha
notou que mana preta podia ser sentida por todo o plano e chamou os
arcanjos para alertá-los de sua localização, quando ficou cansada
de esperar. Logo os arcanjos apareceram com o Aegis, um dispositivo
parecido com um diamante capaz de criar raios de fogo mortais. Eles
usaram isso para ferir seriamente a Irmã e cegar Xantcha
temporariamente antes que Serra percebesse o que eles estavam fazendo
e acabasse com isso.
Xantcha e
a Irmã foram trazidas de volta ao palácio onde tiveram uma
audiência pessoal com Serra. A Irmã foi colocada no casulo para se
recuperar e Xantcha pôde se reunir com Urza. O par logo deixou o
plano.
Infelizmente
os phyrexianos estavam perseguindo Urza implacavelmente através dos
planos o que acabou levando-os ao reino de Serra, Os defensores do
reino tiveram uma boa luta e expulsaram os invasores, mas houveram
casualidades. Pior, a presença de um grupo tão grande com seres de
essência de mana preta foi o suficiente para danificar
permanentemente o plano. Ele ainda estava funcional, mas havia
perdido sua pureza e perfeição.
Foi quando
Serra percebeu que a paz e santidade de seu reino eram tão frágeis
quanto vidro.
Serra
estava entristecida pela perda da pureza de seu plano e logo o
deixou, deixando-o nas mãos do arcanjo sedento de sangue Radiante,
que sempre havia desafiado Serra.
"Os
olhos de Radiante brilharam. 'Vá então,' o anjo gritou à Serra, 'e
deixe esse mundo para aqueles que realmente se importam.'"
Serra
andou pelos planos por um tempo e então acabou num plano conhecido
como Ulgrotha, ou Terras Natais. Era um paraíso rico em mana e
cultura. Lá ela conheceu outro planinauta, Feroz, que desprezava a
utilização de criaturas vivas em duelos. Quando ele descobriu que
os anjos de Serra a serviam de livre e espontânea vontade, eles se
apaixonaram e se casaram.
Serra
fundou a cidade de Aysen e tornou-se a guia espiritual e protetora
deles. Em tempo, ela tornou-se adorada como uma deusa. Ele fundou os
paladinos de Serra, uma ordem de guerreiros dedicada à defesa dos
princípios de Serra e defesa do povo de Aysen das devastações do
vampiro maligno, Barão Sengir. Ela escolhia cada abade de Aysen para
se certificar de que eles não iriam cair em tentação e tornarem-se
corruptos.
"Uma
luz, uma lâmina, um propósito. - Juramento dos Paladinos de Serra."
Serra e
Feroz eram forças de paz e proteção em Ulgrotha. Eles faziam tudo
que podiam para manter a paz, como se reunir com o Barão Sengir para
discutir o futuro de Ulgrotha e construir um banimento mágico para
manter outros planinautas fora de Ulgrotha. Mais uma vez, tudo era
perfeito para Serra.
Mas isso
não durou. Feroz foi morto num experimento de laboratório com um
elemental de fogo. O coração de Serra estava partido. Ela deixou
Ulgrotha logo depois, deixando a cidade de Aysen sem líder.
"Logo,
Serra retornará e escolherá o sucessor do Abade; caso contrário
estaremos perdidos." - Gulsen, Matrona da Abadia
Ela vagou
por planos novamente. Um dia ela encontrou um planinauta ladrão que
cobiçou seu anel de casamento. Ele tentou tomá-lo dela. Ela
percebeu que desde que havia perdido Feroz e seu paraíso duas vezes,
ela não tinha mais nada pelo que viver. Ela permitiu que o ladrão a
apunhalasse e morreu.
"Serra,
assim como Feroz, está morta a muito tempo. Mas lembre-se, Daria:
seu espírito sobreviverá por tanto tempo quanto as Terras Natais."
- Taysir
Serra pode
estar morta, mas seu legado sobrevive. Ela ainda é adorada e
reverenciada pelo povo de Aysen. Serra costumava ser adorada em
Benália, mas foi banida por Gabriel Angelfire. Vários de seus
antigos seguidores foram resgatados do plano em colapso por Urza e
lutaram em defesa de Dominária durante a recente Invasão
Phyrexiana. A própria essência de seu plano reside no motor da nau
voadora Bons Ventos que foi a maior defensora de Dominária durante a
invasão.
Coitada da Serra, morreu dum jeito tão nada haver! hahahaha
ResponderExcluirO fim mas tosco de todos... Só em pensar em um planinalta trobadinha ladrão de anel me faz rir...
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