terça-feira, 17 de maio de 2011

Um convite para o EDH

E aí pessoal, tudo bem?
Hoje irei falar de um formato que sinto ser menosprezado pelos jogadores, principalmente por ser um formato Casual: o Elder Dragon Highlander (EDH), ou Commander, agora pela nova nomenclatura da Wizards. Este artigo não é somente um guia de como montar um deck eficiente, mas também um convite para que você venha conhecer um pouco mais do formato e deixar a competição de lado para se divertir e quebrar a cabeça montando decks diferentes dos habituais;
Eu particularmente acho o formato muito interessante, pois ele exige bastante do jogador, tanto na escolha do General quanto na montagem do deck. A limitação de poder usar apenas 1 cópia de cada mágica e terreno não-básico faz com que cartas que nunca viram jogo possam ser jogadas ao lado de outras que sempre foram utilizadas. Além do mais, é possível jogar Multiplayer, Archenemy, Planechase, enfim, uma série de variantes para deixar o jogo mais divertido. Regras da casa (incluindo lista de banidas) também são sempre bem-vindas, e podem ser concordadas com outros jogadores.
Mas antes de você pegar seu Baron Sengir (ou qualquer se seja sua lenda de estimação) e montar um deck escolhendo 65 cartas pretas boas e 25 pântanos, pense que, mesmo em um formato Casual (onde vale deck até com Ursos Cinzentos é preciso ter um deck no mínimo decente para poder se divertir. Irei dar algumas dicas, tanto na escolha do general quanto na montagem do deck. Utilize-a não somente como guia, mas também como inspiração para montar um deck EDH do jeito que você deseja:
Escolha do General
O ponto mais importante do general, além de definir a escolha das cores do deck, é a possibilidade dele retornar para o campo de batalha mesmo depois de sair do jogo várias vezes. Para melhor aproveitamento desta vantagem do general, o ideal é que ele deva causar impacto imediato ao entrar no campo de batalha. Exemplo: generais que tem habilidades estáticas favoráveis (Elesh Norn, Grand Cenobite), habilidades desencadeadas de quando entram no campo de batalha (Sharuum, the Hegemon), ou ímpeto e alguma evasão (Rorix Bladewing) para tentar ganhar pelos 21 pontos de dano causados pelo general.
Lendas como Captain Sisay, Isperia the Inscrutable e Jenara Asura of War, apesar de terem efeitos bacanas isoladamente, não lhe dão retorno imediato e depende de um turno do oponente para sobreviver. Se o oponente tirar a carta de jogo, você precisará gastar 2 manas a mais para jogá-la na próxima oportunidade, e correr o risco de não poder aproveitar suas habilidades.
Escolha das cartas do baralho
Pela particularidade das regras do EDH, a montagem do baralho é completamente diferente da montagem convencional, então leve em consideração os seguintes pontos:
- O fato de que cada jogador começa com 40 pontos de vida favorece jogos mais longos, e você pode se dar ao luxo de levar 15 pontos de dano nos primeiros turnos antes de se estabilizar. Portanto, você pode utilizar cartas de custo mais alto, porém impacto maior. Exemplos: Violent Ultimatum e True Conviction. Evite cartas que perdem drasticamente a força conforme o desenrolar do jogo. Exemplo: Goblin Guide e Watchwolf.
- Não coloque cartas extremamente situacionais no baralho, como Hidetsugu's Second Rite (tá bom, o exemplo foi ruim, mas acho que deu pra entender a ideia), pois quando você precisar dela, ela não virá (se isto já acontece em um baralho de 60 cartas usando 4 cópias de uma carta, imagina em um de 100 onde só se pode usar uma). Tente colocar cartas boas em geral, e busque alternativas similares, para você ter mais opções no baralho. Exemplos: Wrath of God, Day of Judgement, Sunscour, Hallowed Burial.
- Para calcular as probabilidades, agrupe as cartas por funções no deck. Por exemplo, criaturas finalizadoras, remoções pontuais, remoções em mapas, aceleradores de mana... desta forma, é mais fácil calcular as probabilidades do deck.
- Dadas as dicas acima, lembre-se também de que todo deck tem uma curva que deve ser respeitada para o deck ser jogável. A curva do EDH pode ser mais lenta, mas isto não significa que você pode encher o seu deck de bombas e esperar juntar as manas para jogá-las enquanto o oponente faz diversas criaturinhas e te surra. Monte um deck que lhe dê a oportunidade de desenvolver o jogo ao longo dos turnos.
E quais os decks que você tem e recomenda?
É, bem, digamos que eu não tenho nenhum deck montado (qual a minha moral pra falar que os jogadores menosprezam este excelente formato?)... mas estou montando minha pasta de bulk rares (cartas raras bacanas que valem mixaria) para montar alguns decks casuais, e o EDH incluso. Ainda não tenho nada em mente, e nem tenho um general preferido (apesar de eu adorar o Rafiq of the Many), mas espero muito em breve mudar a situação e procurar outros jogadores de EDH para poder me divertir...
Exemplo de deck
Para vocês não ficarem na mão, segue uma lista que eu pensei agora e que talvez daria certo. O objetivo do deck é ter várias cantrips, acelerar o seu jogo e atrasar o do oponente, até você jogar uma bomba que seja difícil de lidar. Existem várias cartas 2 para 1, lhe dando vantagem sobre as cartas jogadas pelo oponente. O general neste caso funciona mais como um utilitário do que como meio de vitória, mas não subestime sua habilidade, pois tutores são muito fortes em decks de 1-ofs.
Obs: Tentei montar a lista a mais budget possível, com cartas fáceis de achar e não tão caras, a fim de manter a premissa do EDH de ser um formato onde não precisa gastar rios de dinheiro para montar um deck (ainda mais porque um deck de 100 cartas ainda sai caro).
General: Momir Vig, Simic Visionary
17 Forest
15 Island
1 Treetop Village
1 Faerie Conclave
1 Simic Sky Swallower
1 Inkwell Leviathan
1 Tidespout Tyrant
1 Silvos, Rogue Elemental
1 Kodama of the North Tree
1 Sphinx of Magosi
1 Sphinx of Jwar Isle
1 Lorthos, the Tidemaker
1 Liege of the Tangle
1 Rampaging Baloths
1 Panglacial Wurm
1 Wall of Roots
1 Birds of Paradise
1 Llanowar Elves
1 Coiling Oracle
1 Yavimaya Elder
1 Sakura Tribe Elder
1 Elvish Pioneer
1 Overgrown Battlement
1 Fyndhorn Elves
1 Quirion Elves
1 Viridian Emissary
1 Explore
1 Wall of Blossoms
1 Wistful Selkie
1 Utopia Tree
1 Werebear
1 Trygon Predator
1 Lorescale Coatl
1 Vinelasher Kudzu
1 Man-o-War
1 Selkie Hedge-mage
1 Mystic Snake
1 Sages of the Anima
1 Vedalken Heretic
1 Viridian Corrupter
1 Winged Coatl
1 Sea Gate Oracle
1 Venser, Shaper Savant
1 Draining Whelk
1 Aether Adept
1 Remand
1 Arcane Denial
1 Confound
1 Exclude
1 Dream Fracture
1 Dismiss
1 Overwhelming Intellect
1 Counterspell
1 Voidslime
1 Deprive
1 Familiar's Ruse
1 Desertion
1 Spell Burst
1 Dismal Failure
1 Fervent Denial
1 Traumatic Visions
1 Repeal
1 Gigadrowse
1 Yavimaya's Embrace
1 Repulse
1 Into the Roil
1 Unsummon
1 Boomerang
1 Capsize
1 Cloudstone Curio

O que você está esperando para testar este formato inusitado? Monte um deck e divirta-se com seus amigos!
Até logo!
Por: Andre_barrozo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ANIME GUARÁ

ORGANIZAÇÃO ARENA MAGIC

- ANIME GUARÁ -

Data: 15/05/2011
Local: E.M.E.F Luzia C. Mettidiere
Horário: 10h
Formato: Standard T2
Inscrição: 12,00
Premiação: 1 Booster por jogador

ACONTECERAM MUDANÇAS NAS REGRAS DA LIGA ARENA
maiores informações acesse: Regras


DEPOIS DO CHAMP VAI ROLAR DRAFT!


segunda-feira, 9 de maio de 2011

DOOM BLADE OU GO FOR THE THROAT???




Trago novamente um artigo com uma comparação para vocês, desta vez ainda, ambientada no Standard. Qual dessas 2 opções é melhor: Doom Blade ou Go for the Throat?!
Vou basear minha análise inicial nas variações de decks tier 1 do Standard atual que se utilizam de uma ou outra opção.

Primeiramente, vamos analisar ambos os textos das cartas e seus pontos principais:

Doom Blade: Destrua a criatura alvo que não seja preta.

- Era a principal remoção do UB Control e de outros decks com preto até a chegada de Go for the Throat. Por apenas 2 manas, sendo apenas 1 preta, poder destruir qualquer criatura não-preta fez com que essa carta tivesse lugar garantido em muitos decks durante um bom tempo.

Go For The Throat: Destrua a criatura alvo que não seja artefato.

- Surgiu em MBS e de imediato ocupou os slots de Doom Blade, já que cobria a principal falha de sua rival, ou seja, podia destruir criaturas pretas. Após o surgimento desta carta, o UB Control ironicamente teve uma queda de popularidade (talvez porque agora o Grave Titan pudesse ser removido mesmo jogando com preto). A única penalidade da carta é não poder destruir criaturas artefato, senão fosse por isso, seria uma remoção perfeita.
Discussão

Agora, qual delas é melhor?! Bem, isso não é algo simples de se dizer já que ambas têm méritos e penalidades quase que similares.

É visível que Go for the Throat ocupou os slots de Doom Blade assim que foi lançada, já que resolvia o pior match do UB Control e outros decks com preto que era o BR Vamp, mas logo em seguida perceberam que não bastava tirar uma e colocar a outra, pois há criaturas como Wurmcoil Engine e Myr Battlesphere que ignoram Go for the Throat e que podem ganhar jogos sozinhas, bem como houve uma crescente de decks usando muitas criaturas artefatos como Quest, Kuldotha, alguns Infect e agora os que se utilizam de Tezzeret. Também cabe uma ressalva quanto ao Inkmoth Nexus, que também ignora Go for the Throat.

Recentemente, algumas listas começaram a alternar entre ambas as cartas, usando 2 e 2, ou uma delas no Main Deck e a outra no Sideboard, de modo a estarem preparadas para todos os tipos de deck. Parece-me uma solução um tanto quanto óbvia, já que assim você não fica preso a apenas uma carta e nem restringe suas possibilidades, mas dependendo do seu meta game pode ser um tiro no pé, pois se uma das cartas for ser inútil (como Doom Blade num ambiente cheio de vampiros) o ideal é usar apenas a outra, mas isso é algo difícil de prever em um campeonato grande, sendo recomendado apenas em campeonatos locais, nos quais se conhece quase todos os decks e oponentes.

Conclusão

Ressalto novamente que é complicado simplesmente definir qual opção é melhor, pois para isso é preciso saber com exatidão como é o meta game em que a carta será utilizada. Mas é possível dizer que:

- Doom Blade é melhor do que Go for the Throat contra: Kuldotha Goblins, Kuldotha Forgemaster, Quest e Tezzeret Decks;

- Go for the Throat é melhor do que Doom Blade contra: BR Vamps e UB Control;

- Ambas são boas contra: Boros, Elfos, Monored, Valakut, Eldrazi Green, Caw Blade (na versão com preto, tomar cuidado se usar Doom Blade) e RUG (cuidado com Wurmcoil e Precursor Golem se usar Go for the Throat);

- Ambas são ruins contra: Infect com preto e criaturas artefato (aqui nenhuma das duas é realmente boa, já que no deck tem criaturas que não podem ser mortas por uma ou outra mágica, então se for usar, use sabiamente).

Portanto, fica claro que ambas as cartas são ótimas remoções no Standard atual, mas devem ser escolhidas com sabedoria, pois uma escolha errada pode muitas vezes significar uma derrota.

Termino por aqui e até a próxima!

Duelistaguara