Hélio Barbosa |
Owen Turtenwald ganhou outro GP, o GP Breakin Bad, digo, o GP Albuquerque. Foi a
segunda vitória em GP consecutiva, dessa vez Standard, jogando de
monoblack control. Confesso que tava numas de exaltar essa parada de
jogar de Capturar Pensamento. Era só benefícios no começo, tipo o
“Emplastro Brás Cubas” do tê-dois: fazia, acontecia, matava,
morria e cantava Pixinguinha...
Demônio
da Profanação para fazer o cara sacrificar criaturas; Érebo (que
ganha devoção facilmente) se precisar parar o ganho de vida;
Capturar Pensamento; Espectro do Véu da Noite; Contatos no Submundo,
que monta sua mesa e é uma das melhores cartas do deck; Mercador
Cinzento de Asfódelos (colocara um acento na carta –
pra não ficar Asfodelos – ririri )
e Chicote do Érebo para para ganhar vida e um punhado de remoções
que se a gente fosse listar, perderia o dia... Decks pretos.
Falando em Monoblack Devotion, parabéns pra Amanda Siqueira que fez day 2 no GP Santiago jogando com o citado deck. Parabéns também pro Júlio de Biasi e Ricardo Naldi que também jogaram no GP.
A estrela do deck é Bando de Ratos (e Mutavaults que também são
ratos). É sempre bom lembrar que as fichas do Bando de Ratos são
cópia exatas do Bando de Ratos. Isso quer dizer que, ao contrário
de outras fichas, essa tem
custo e conta pra efeitos de devoção.Falando em Monoblack Devotion, parabéns pra Amanda Siqueira que fez day 2 no GP Santiago jogando com o citado deck. Parabéns também pro Júlio de Biasi e Ricardo Naldi que também jogaram no GP.
Vamos
avançar no tempo... Estamos no futuro. Ano de 2015. Marty McFly está
andando com um skate sem rodas rosa-chiclete e os carros voam... (Ok,
não era para avançar tanto no tempo, era só para ir encerrando a
introdução.) Novembro de 2013, GP Albuquerque – 4 decks usando
Bando de Ratos no Top 8, totalizando 6 no top 16.
Precisamos falar do Chile, de um deck que ganhou por lá e se dá bem contra os outros decks do formato, o Rakdos Aggro.
Precisamos falar do Chile, de um deck que ganhou por lá e se dá bem contra os outros decks do formato, o Rakdos Aggro.
[O deck parecido,
só que bem diferente.
Eu sei que tem uma deck tech do deck, mas eu queria falar sobre ele mesmo assim – primeiro porque a deck tech está em inglês; segundo porque eu ganhei a liga Dragon's Maze com um deck parecido.
Eu sei que tem uma deck tech do deck, mas eu queria falar sobre ele mesmo assim – primeiro porque a deck tech está em inglês; segundo porque eu ganhei a liga Dragon's Maze com um deck parecido.
Esta é a beleza dos posts não
publicados que a gente salva. A gente fica com a lista limited
salva:
Grixis quase sem azul | |
2 Portão da Guilda Rakdos 8 Pântano 7 Montanha Lands (17) 2 Farrista Morto 1 Bufão do Espículo 1 Dragonete Rakdos 1 Servente Macabro 1 Equilibrista de Corrente do Clube da Sangria 1 Maaka da Faixa de Escombros Bichinhos (7 | 1 Demônio da Profanação 1 Cruzador do Labirinto 1 Prole de Rix Maadi 1 Gladiador Carniceiro 2 Cão Avernal Rakdos 1 Exava, Bruxa Sanguinária Rakdos Criaturas OK (7) 1 Ferimento de Estocada 1 Longe/Ausente (carta azul! Grixis!) 1 Instinto Traidor 1 Jubilo Devaso 3 Impacto Explosivo 2 Punir o Inimigo Mágicas (9) |
Não vou perder tempo explicando esse
deck porque não é todo dia que tem deck list limited na segunda
introdução do post standard... (Quem nunca?)
A ideia do deck era usar os bichinhos para ganhar tempo, o demonhonho da profanação como remoção (e todo mundo passou a liga inteira achando que era finisher... Grixis <3) e matar com Impacto Explosivo. E os populares não entendiam como eu tinha dois Impacto Explosivo, ou 1 Impacto Explosivo e 1 Punir o Inimigo no deck... É que eu arrastava o jogo até o bilinésimo turno forçando o oponente a lidar com os bichinhos.
MÃS... O pobrema é que os 7 bichinhos (Canal Brasil, alguém?) e a Exava as vezes matavam o oponente. Daí eu notei que podia dar futebol com esses bichos muchibentos. Fiquei feliz quando vi esse Rakdos.]
MÃS... O pobrema é que os 7 bichinhos (Canal Brasil, alguém?) e a Exava as vezes matavam o oponente. Daí eu notei que podia dar futebol com esses bichos muchibentos. Fiquei feliz quando vi esse Rakdos.]
“Meu coração/ não sei porque/ bate feliz/ quando te vê...” Devoção?
Rakdos Aggro – Luis Navas GP Santiago 2013 - Standard |
|
4 Cripta de Sangue 8 Montanha 10 Pântano 4 Exava, Bruxa Sanguinária Rakdos 4 Saqueador de Mogis 4 Rakdos Estridente 4 Retalheiro Louco Rakdos 4 Bufão do Espículo 1 Assassino Hedonista 4 Herói Atormentado 3 Necromante de Xathrid |
2 Lâmina da Destruição 4 Golpe Relampejante 4 Habilidades do Inconsequente Sideboard 2 Terra em Chamas 2 Perfuração Letal 2 Érebo, Deus dos Mortos 2 Morteiros de Mizzium 1 Portão da Guilda Rakdos 4 Capturar Pensamento 2 Chicote de Érebo |
Assim como no Mono Black devotion, o
Rakdos é meio que um mono black devoção, só que aggro, que joga
como se mono red fosse. Para fazer todo o sentido, o deck é vermelho
e preto.
O elemento devoção do deck, além da
menção honrosa ao Érebo no side para parar o ganho de vida, é
Saqueador de Mogis. Não tem muito a ver com o tema desse post, que é
vencer monoblack (sim, ele vai ter um tema só, tenham fé), mas ele
dá Intimdar para um número X de criaturas, dependendo da sua
devoção.
Prá que falar disso? O fato de devoção
ser o assunto do Magic desde outubro e o fato de existir uma carta
com devoção na lista e outra no side da a ideia de que isso é
relevante pro deck. Relevante até é, mas não é pra sair jogando
“errado” por causa disso.
As cartas com devoção podem ser um finisher, mas o deck pode ganhar antes disso. Em minha opinião, Saqueador de Mogis (ou o Érebo) nesse deck não é tão relevante quanto um Fanático de Mogis nos monoreds da vida que o usam. Do mesmo jeito que na listinha limited que eu postei, os bichinhos conseguem ganhar o jogo sozinho, embora as cartas com devoção tenham qualidade para ser um finisher, o deck pode ganhar antes. (Aliás, dá pra tirar o Saqueador contra monoblack e colocar Érebo, sempre bom contra Asfódel).
As cartas com devoção podem ser um finisher, mas o deck pode ganhar antes disso. Em minha opinião, Saqueador de Mogis (ou o Érebo) nesse deck não é tão relevante quanto um Fanático de Mogis nos monoreds da vida que o usam. Do mesmo jeito que na listinha limited que eu postei, os bichinhos conseguem ganhar o jogo sozinho, embora as cartas com devoção tenham qualidade para ser um finisher, o deck pode ganhar antes. (Aliás, dá pra tirar o Saqueador contra monoblack e colocar Érebo, sempre bom contra Asfódel).
É importante ser o monored louco, ser
o “goblins”, ser mais beatdown que o beatdown... Mas daí os
bichinhos vão morrer certo? Provavelmente sim. A ideia é ir
liberando e atacando sem dó. Antes de pensar no cemitério cheio,
sempre bom lembrar que mais de 70% das criaturas do deck é do tipo
humano, que “voltam” com Necromante de Xathrid (não volta Rakdos
Estridente e Bufão de Espículos).
Pra mim, Necromante de Xathrid é a
razão para se jogar com esse deck, antes do saqueador, antes do
side. Os decks de controle vão lidar com seus bichos, mas ele faz as
criaturas “voltarem como zumbis”. A mecânica é simples. Você
faz seus bichos e joga um necromante na mesa. Se/quando o oponente
lidar com sua(s) criaturas, ficam os zumbis. Isso é uma boa mesa.
Nessa hora entra o componente
estratégico do deck: quando usar Habilidades do Inconsequente. Boa
parte do tempo, essa carta pode efetivamente fazer o que você acha
que Saqueador de Mogis faz, mas acaba não fazendo. Além disso, ela
pode ter outros efeitos secundários desejáveis, como por exemplo
“remove isso daqui em resposta, ó, fio”, quando você tiver uma
Exava na mão.
Vamos supor que você tenha “ganho de
graça” uma ficha de zumbi e resolve jogar uma Habilidades do
Inconsequente nela. Em resposta, o oponente mata sua ficha – porque
5/2 chata de bloquear = nem a pau. O oponente gastou uma carta para
lidar com uma carta sua, já que o zumbi era brinde – não teve o
“aura é 2 pra 1”.
Outro ponto que eu gostaria de comentar
é que essa aura nesse deck pode deixar uma criatura com 6 de poder e
levar dois bichos do oponente – fazendo dois pra dois – ou levar
um bicho chato – o que não seria um 2 pra 1 tão terrível assim.
Eu poderia simplesmente dizer “gosto
mesmo da carta sim e daí”, mas nesse deck dá pra extrair bastante
valor de Habilidades do Inconsequente. Não é só jogar em qualquer
bicho e vamo lá... É só ver que no side – e não no main – tem
Capturar Pensamento, Perfuração Letal, etc. para perceber que
Habilidades do Inconsequente é algo que precisa ser usado e com
carinho.
Exava é uma querida, é uma santa e é
acima de tudo mulher. Ela dá iniciativa para criaturas com marcador
+1/+1 e deixa aquele Assassino Hedonista... Assassino? Sério, dá
vontade de ver mais dele no deck. É que ele depende da Exava para
ficar troll, por isso só tem um, mas criaturas com iniciativa e
toque mortífero são tão erradas que deveriam ser o certo. O mundo
seria um lugar mais justo e menos complicado assim. Brincadeirinha...
:)
As outras mágicas são Lâmina da
Destruição, aí por ser instantânea, em vez de Perfuração Letal.
Por que não Queda do Herói? Custo 3. Com seus 22 terrenos, esse
deck vive feliz com seus quatro ou cinco terrenos na mesa na maior
parte do tempo. Isso significa o suficiente fazer um bicho e deixar
manas abertas para responder algo nauseabundo. Queda do Herói não
faria o menor sentido porque você não teria mana o suficiente para
usar o “efeito miojo”. Daí usa-se “doomb” blade mesmo e
contra monoblack e decks de planeswalkers, puxa-se Perfuração letal
do side.
Morteiros de Mizzium é a arma contra
Vizkopa, mas dá para puxar contra decks forrados de bichos com
resistência 4. Precisa puxar o portão se existir o sonho de fazer
morteiro com sobrecarga (e também quando você puxar muitas cartas
vermelhas).
Terra em Chamas é o melhor inimigo dos
decks de três cores e Capturar Pensamento está lá contra decks de
controle. Os Chicotes de Érebo estão lá para ajudar nos matches
contra decks mais agressivos.
No deck tech, o cara disse que rala um
pouco contra mono-red e seus emissários que fazem bichos. A questão
é que as pessoas estão parando de jogar de mono-red e partindo para
outros decks então, se isso estiver acontecendo onde você joga,
esse deck pode ser uma boa pedida.
Cantinho da Pobreza
Normalmente eu não faço essa seção,
falando em substituir cartas dos decks por cartas mais baratas e tal.
E deveria continuar não fazendo. O por quê? Dá pau. Só que nesse
deck acontece algo um pouco diferente. (Não, não vai cair o preço
do deck pela metade). Ainda assim vai dar problema se você ficar
substituindo a carta X pela carta Y; não é a mesmo coisa; eu não
disse que é a mesma coisa; mas...
As cartas desse deck não estão tão
caras assim. A grande questão é que os que não são Jundmaniácos
não tem 4 Cripta de Sangue e o deck usa 4 Capturar Pensamento no
side. O resto do deck é quase um pré-con. No side tem cartas caras,
mas que colecionadores costumam ter.
Se você tiver acesso a uma mana
vermelha e duas manas pretas na mesa, normalmente já dá pra jogar.
Duas de cada é melhor. Olhando essa lista, é muito provável que
seja possível tacar uns 2 pântanos e 2 montanhas no lugar das
shocklands. Como o cara disse que o match contra monored poderia de
ser melhor, eu até tentaria fazer isso mesmo tendo as shocklands.
Ficaria jogável. Não coloque Portão-Rakdos no main deck (você
pode perder por causa de portão em decks assism). O cara perde um
slot no side e tem motivos para isso...
Falando em side, o grande problema do
caminho da pobreza é o pós-side. Tem um portão rakdos no side e um
punhado de cartas vermelhas. Um monte. O que eu faria? Tentaria jogar
com o número de Criptas de Sangue que eu conseguisse. Mas esse não
é o foco do cantinho da pobreza, já que criptas não são tão
inacessíveis assim no mundo Magic (e dá para conseguir emprestado).
Capturar pensamento. Essa carta é meio
inútil nesse deck. Dá medo ler essas coisas? Dá medo é de
escrever essas coisas... No deck tech, apesar de muito se falar no
fato do deck ter capturar pensamento, o cara disse que puxava contra
Esper. A não ser que o plano seja matar Eterídeos no ninho, isso é
uma Duress que causa dois de dano.
Imagine planos de jogo. Eu puxaria
capturar pensamento contra quem? Por que? Se for para jogar contra
decks que você conhece e você tem certeza que não vai precisar
tirar criaturas da mão de ninguém, dá pra arriscar usar
Duress/Coagir. Você não vai tirar Nyktos da mão das pessoas, mas
não é como se você estivesse deixando de tirar peças do tron da
mão de alguém pra segurar um deck de Eldrazi no Modern...
O certo é usar Shocklands e Capturar
Pensamento no side, por questões de consistência e segurança.
Principalmente no quesito capturar pensamento - esse deck até
consegue viver sem ele... São cartas importantes, mas eu não
deixaria de montar o deck na falta delas (deixaria de montar Esper,
Monoblack control, etc. por causa disso. Montaria um UW, por
exemplo.). Não significa que dá para substituir tranquilamente e
que tá garantido que você vai ser feliz cem por cento do tempo...
Conclusão/Opinião
Esse deck é o tipo do deck que eu
gosto. 4 de cada, vermelho e preto, bom contra boa parte do ambiente.
Dá para se virar bem com ele e é acessível. Acho uma boa pedida se
o seu meta não for entupido de monored. E acabou a conclusão.
Estou começando a ficar preocupado com
o Mono Black Devotion por vários motivos. E com o standard. Pode ser
paranoia minha, mas parece que “tá ficando chato”. Achei o que
fizeram com as cartas pretas nos últimos anos incômodo. Desde de
Capturar Pensamento não saiu praticamente uma carta preta boa,
daquelas de parar o trânsito. Admitiu-se que o preto estava meio
jogado às traças; De repente eles resolvem fortalecer o preto e
relançar Capturar Pensamento ao mesmo tempo? O bloco tem mais duas
edições. Dá para melhorar ainda, ainda mais se considerarmos que
as edições vindouras terão deuses multicoloridos. A questão é
saber quanto tempo vai durar esse plano de melhorar a cor preta.
No início eu gostei dessa
superioridade, mas o problema é parece terem esquecido que estão
transformando o Magic num jogo de criaturas. Dar superioridade para
decks pretos ao ponto de monoblack ficar tão bom assim acaba
deixando o jogo frustrante, pois vão matar uma criatura de cada vez
e irritar a gente – e não sou eu o frustrado, quero dizer, sou o
mesmo frustrado tem uns 10 anos, logo não é só esse o problema...
Não estou dizendo que estamos vivendo
um ano de Valakuth x Caw Blade, mas estou dizendo que podemos estar
em tempos interessantes, vivendo um problema que não chega a ser
grave o suficiente ao ponto de precisar ser resolvido urgentemente. E
esse problema, quando se consolida, diminui o número de pessoas em
torneios e atrapalha as vendas, mas não o suficiente a ponto de
gerar as queridas e amadas banlists. (Todo mundo quer banlist.
Sempre. A massa adora sangue.)
Olha o top 8 do GP Albuquerque. 4 Mono
Black Devotion, 3 Mono Blue Devotion e Andrew Hanson com seu Naya.
Estaria Andrew usando uma camiseta “Não vão calar a Voz da
Ressurgência”? Eu detesto GW no t2 e manto de tatu me dá ânsia,
mas eu gostei de ver um naya (que é uma filial do GW) no top 8 –
provavelmente porque não tinha manto de tatu 2.0 na lista. Impediu o
top 8 de virar um duel decks.
O top 4 teve Azul contra Preto em duas oportunidades. Na final, Azul contra Preto. A gente tem muito a agradecer ao Naya solitário no Top 8. O que seria do verde, do branco e do vermelho se todo mundo gostasse só do azul e do preto?
O top 4 teve Azul contra Preto em duas oportunidades. Na final, Azul contra Preto. A gente tem muito a agradecer ao Naya solitário no Top 8. O que seria do verde, do branco e do vermelho se todo mundo gostasse só do azul e do preto?
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