
skill vs. sorte
Das
diversas discussões ocorrentes nos encontros de Magic, uma das mais
acaloradas é a que diz respeito a sorte no jogo. Não é preciso
muita experiência para ter presenciado uma partida onde um top draw
acabou com o jogo, ou poderia ter acabado, e não o fez, ou que tenha
acontecido a tão temida zica. Geralmente essas situações são
seguidas de comentários, sérios ou não, como “Magic é pura
sorte...” Por outro lado, a presença dos mesmos rostos nos top 8
de grandes torneios não deixa dúvidas de que o Magic é um jogo de
habilidade, e o atual metagame de todos os formatos só reafirma a
importância das escolhas quem está por trás das cartas, antes e
durante as partidas. Então, o que dizer sobre a sorte diante desse
cenário?


E
quanto aos decks fast combo? Existem combinações de cartas que
ganham o jogo no primeiro turno se houver uma mão perfeita, ou seja,
se houver sorte. Não há sequer interação com o oponente em alguns
casos. Podemos citar como exemplo o WW Quest, cuja combinação ganha
de qualquer deck do formato Standard no segundo turno em muitos
casos. Com muita sorte pode-se ganhar no primeiro turno. Porém, no
caso de um mid game as chances de vitória caem drasticamente, e
continuam caindo a turno após turno. Para chegarmos a uma conclusão
sobre o custo benefício da dependência da sorte, basta observar os
resultados obtidos por esse tipo de deck em torneios. Fast combos
quase sempre tropeçam no meio do caminho rumo a uma boa colocação.
Por isso é importante a presença de cartas que garantam o combo ou
concedam uma plano B caso o combo rápido falhe. Esses são recursos
que fazem o deck depender menos da mão perfeita para ganhar, e que
fornecem mais opções de jogo durante a partida. Mais uma vez, a
melhor escolha é minimizar a dependência da sorte, favorecendo a
habilidade.
Existem
várias outras situações interessantes onde se pode discutir sobre
a sorte no Magic. O fato é que ela sempre estará presente em maior
ou menor grau. O grande erro é achar que habilidade é pouco
significante perante as probabilidades. Quando na verdade a
capacidade de manipular a sorte é uma das maiores skills de um
jogador.
Comentem,
concorderm ou discordem, e falem sobre situações interessantes a
respeito do assunto!
Por: Francisco Ferreira [Chico]
Excelente artigo Chico, curti a explicação sobre a Skill interferir diretamente na sorte e eu concordo 100% com isso.
ResponderExcluir"Ah foi azar eu ter comprado Inquisição de Kozilek, se tivesse comprado Coergir teria ganho" -> É teria, mas foi vc que escolheu usar 3 Inquisição e 1 Coergir, foi aqui que vc perdeu e não no top draw :)
Sobre os combos, gosto mt de falar sobre eles, pq curto jogar de combo e só queria acrescentar algo sobre os fast combos como vc citou: a fragilidade desses decks não está exatamente no "clock" de X turnos para matar e sim nas opções q vc possui para lidar com esse clock.
O Ad Nauseam pré-ban de tutor mistico é um exemplo perfeito, era um deck bem rápido, matava nos primeiros turnos, mas em alguns matchs, pós-side o jogo podia se estender para dar mais segurança ao combo e garantir a vitória (com disrupts e chants) e é por isso que era o deck mais forte do ambiente pq conseguia se adaptar ao formato, aos decks adversários e mesmo assim vencer.
Mais uma vez, parabéns Chico!
Ótimo artigo! Muito bem escrito e tema bem interessante...
ResponderExcluirOs jogadores normalmente ressaltam o azar que tiveram nas partidas/torneios, e ignoram a sorte que tiveram em outros momentos. É sempre mais fácil apontar culpados para derrotas e se exaltar por vitórias :)