Danilo Paoliello |
Recentemente consegui um grande feito no MOL, ganhei um
premier event no Standard ou T2, minha lista está disponível no link
O deck é maravilhoso, mas com a chegada de Theros ele perde
muitas peças que o faziam sensacional e o mais importante é a não reposição em
qualidade para que se mantenha mono cromático.
Daí a inspiração para usar suas bases, em especial o
planeswalker, em propostas bicolores, todas assentadas em grandes quantidades
de criaturas. Apesar da cena passar ao domínio dos controles e do onipresente
Veredito Supremo, ainda vejo saída para a estratégia, com algum ajuste de foco
e modo de jogo.
Explicando o sucesso do passado, jogar contra criaturas era
o objetivo do deck, a maioria dos oponentes mal usavam remoções pontuais, era
um jogo de atrito, boa parte das partidas era contra RG, num mix de Kibler,
Aggro e Midrange ou MonoRed, BigRed, Aristocratas e BG, portanto o ponto era
viver e ser maior, o que se alcançava no campo de batalha com um exército de
elfos e depois na vantagem de cartas com Garruk que procurava o acromegálico
Craterópode para finalizar, mas não se limitava a isso, o oponente deveria
lidar com Hidras em progressão aritmética, Lupíneos com elos espirituais e
depois do side as respostas que apareciam com precisão impressionante para cada
adversário, aranhas contra aristocratas e fichas de espírito, árvores com 13
pontos de vida contra Monored e RG agressivos, era um milagre o metagame e como
se inseria nele esse monogreen.
Agora o meta está apenas começando, temos menos cartas,
porém temos muitas opções a serem exploradas, novidades, interações, mecânicas
diferentes, um universo novo, na verdade um novo plano de jogo, apenas consigo
perceber claramente que aqueles fascinados por Ilhas, e há tempos sedentos pela
possibilidade de executarem seu jogo com chance de ganhar, estão bem colocados
e aparecerão constantemente do outro lado da mesa.
Logo, o mais comum será: 4º turno: Veredito Supremo! E lá se
foram 3 ou 4 cartas para 1, no famoso sweeper.
Utilizando uma lição aprendida de um experiente, bom e
contumaz jogador de controle, precisamos identificar qual o Huntmaster da vez.
Explico. Na época estávamos treinando para um campeonato de grande premiação e
ao baixar o Huntmaster ele comentou: “essa é a maneira mais segura de me fazer
usar o Veredito.” Parafraseando Capitão Nascimento, lição dada é lição
aprendida, ou seja, identificar o que faz um jogador usar uma carta que
claramente representa vantagem contra apenas uma carta sua, e em termos
práticos, afinal usar um Veredito contra um Huntmaster é uma desvantagem de 2
pontos de vida. Aceitar a desvantagem é o elemento que trará a luz um deck
capaz de se opor aos controles.
Mas não fiquemos cegos ao passado, estávamos em uma
realidade de Caverna das Almas no meta, portanto não rodavam por aí muitas
anulações e os decks com a configuração controle usavam muitas criaturas, o que
é estranho, faltando espaço para boas remoções pontuais, o que não será a nossa
realidade no próximo ano, portanto o desafio é maior.
O que me faz concluir que nesse momento toda carta que
usarmos tem o dever de ser capaz de vencer o jogo sozinha e que as cartas para
viabilização não podem ser consideradas essenciais, apenas bons amparos e
para-raios, como toda Ave do Paraíso.
As listas iniciais
RG
4 Elfo Místico
4 Cariatide Silvestre
4 Hidra Kaloniana
4 Lodo Necrófago
2 Polukranos, Devorador de Mundos
4 Garruk, Convocador de Bestas
4 Esmagador da Pólis
4 Hidra Selvagem
3 Domri Rade
3 Ruric Tar, o Imbatível
7 Florestas
5 Montanhas
4 Solo Pisoteado
4 Templo Abandonado
4 Caverna Mutável
Sideboard
3 Witchstalker
3 Arco de Niléia
2 Colosso do Arvoredo
2 Fog
3 Hidra
Talha-bruma
2 Burning
Earth
BG
4 Elfo Místico
4 Cariatide Silvestre
4 Hidra Kaloniana
4 Lodo Necrófago
2 Polukranos, Devorador de Mundos
4 Garruk, Convocador de Bestas
4 Lotleth Troll
4
Corpsejack Menace
4 Dreg
Mangler
2 Jarad,
Golgari Lich Lord
1 Korozda
Guildmage
6 Floresta
6 Pântano
4 Overgrown
Tomb
4 Golgari
Guildgate
4 Caverna Mutável
Sideboard
3 Witchstalker
3 Arco de Niléia
2 Colosso do Arvoredo
2 Fog
3 Hidra Talha-bruma
2 Chicote de Érebos
UG
4 Elfo Místico
4 Cariatide Silvestre
4 Hidra Kaloniana
4 Lodo Necrófago
2 Polukranos, Devorador de Mundos
4 Garruk, Convocador de Bestas
4 Vorel da Cepa e do Casco
4 Zameck
Guildmage
4 Master
Biomancer
2 Prime
Speaker Zegana
7 Floresta
5 Ilha
4 Chardo da Procriação
4 Templo do Mistério
4 Caverna Mutável
Sideboard
3 Witchstalker
3 Arco de Niléia
2 Colosso do Arvoredo
2 Fog
3 Hidra Talha-bruma
2 Gainsay
WG
4 Elfo Místico
4 Cariatide Silvestre
4 Hidra Kaloniana
4 Lodo Necrófago
2 Polukranos, Devorador de Mundos
4 Garruk, Convocador de Bestas
4 Voice of Ressurgence
4 Loxodon Smiter
3 Trostani, Voz dos Selesnya
3 Arcanjo de Thune
6 Floresta
6 Planície
4 Temple Garden
4 Selesnya
Guildgate
4 Caverna
Mutável
Sideboard
3
Witchstalker
3 Arco de Niléia
2 Colosso do Arvoredo
2 Fog
3 Hidra Talha-bruma
2 Defesas Radiconatas
São todos bastante semelhantes e não foquei em nada mais
agressivo ou controle dependendo da cor de interação, mas isso é viável, o que
pretendo tentar é uma versão combo, mas ainda não encontrei as peças para isto,
talvez nem existam ainda, meu palpite mais convincente envolve um certo vorme
15/15.
Razões
Caso eu olhasse essas listas uns meses atrás a minha
primeira pergunta seria: “24 lands?!”. Pois é, não podemos perder land drops,
parece importante ter acesso a man land pela abertura de opções que ela dá nos
matchs, sejam agressivos sejam controles e é necessário usar 2 cores, portanto
o número parece adequado.
Elfo Místico e Cariátide Silvestre são as engrenagens de
aceleração do deck, servindo a dríade também à correção da base de mana, são
úteis, mas não são essenciais e tenho alguma convicção de que os próximos
testes cortarão justamente essas cartas, muito provavelmente para Experimento
Um e Farejador de Bruxas.
Lodo Necrófago tem grande interação com a estrela
finalizadora do deck, a Hidra Kaloniana e rende pontos de vida preciosos num
ambiente agressivo, parece outra opção a ser alterada, passando para o side
talvez, contudo, não sinto confiança em nenhum outro drop 2 como substituto.
Polukranos é uma carta boa, mas eu tenho um forte receio de
que ela não seja o que se espera dela, sua monstruosidade parece que veio
escrita errada ou algo assim, portanto apenas 2, posso estar enganado e isso
seria ótimo.
Garruk, Convocador de Bestas, a razão de ser do deck, do
artigo e pai de todas as expectativas positivas que imponho sobre esses decks,
contra controles ele é o elemento a ser batido, aquele que fará oponentes
conscientes de sua estratégia segurarem aquela resposta, em suma, um monstro.
Contra decks agressivos ele deixa de ser tão efetivo (por não existir nada
Craterópode no formato) e sua contagem cairá para 3 ou 2, pena.
Parte Vermelha
Ruric Tar é a arma definitiva do deck, afinal, quase tudo
que temos são criaturas e para que ele saia do jogo o oponente precisa pagar 6
de vida, sua contagem pode cair depois do game 1, para entrada de Burning Earth
ou Fog.
Polis Crusher é minha aposta como carta subavaliada, bater
4, atropelar, ganhar marcadores por um custo aceitável e não ser alvo de Esfera
de Detenção, servindo como remoção de encantamentos estranhos é muito mais do
que circunstancial.
Hidra Selvagem é o drop 3 do deck, exceto contra oponentes
que usem Eletrickery, o que, sem tokens de espíritos voando por aí, me parece
menos comum. E, quando o Arco de Niléia entra, esse multicéfalo fica ainda
melhor.
Domri Rade é o bom bril do deck, remove, ajuda a comprar e é
alvo antes do Garruk.
Parte Azul
Zegana é uma versão bônus do Garruk nesse deck, o custo é um
pouco pesado, mas não inacessível, não vejo um deck com mais qualidade para
compra de cartas, nem os de Revelação.
Vorel é a carta da sinergia, quem dera ele dobrasse
marcadores de lealdade... Mas já basta ele multiplicar a Hidra e segurar tudo
no mundo da agressividade.
Zameck Guildmage tem a função de drop 2 e de trazer mais
cartas para a mão, porém é o maior candidato a substituição, quando eu
conseguir pensar em algo melhor.
Mestre Biomante está na posição de curva perfeita para a
Hidra, fechando as opções de melhor sinergia, afinal, Zameck para Vorel para
Biomante para Hidra para morte no sexto turno.
Parte Branca
Voz da Ressurgência é a carta mais difícil de avaliar nesse
período pós rotação, ela perde muito com Anger of the Gods, mas é uma super
estrela contra controles e estratégias draw go, ainda a avalio muito bem
posicionada, apesar de menos valiosa financeiramente, o que é estranho, já que
é a única ferramenta realmente resiliente a remoções.
Loxodon Smiter também aparece muito bem nos dois mundos,
contra agressividade tem um corpo boníssimo e um custo baixíssimo, contra
controles é inatingível até entrar em campo e causa estrago cedo, pressionando.
Trostani é o pesadelo da agressividade, sua habilidade de
povoar é quase irrelevante no deck, afinal só teremos fichas de Voice a priori,
mas ganhar vida é fundamental, contra controles é a primeira carta a sair, pela
dificuldade de cast e pela inutilidade no campo.
Arcanjo de Thune não tenho certeza se é o que eu queria, mas
a sinergia é boa, com Trostani e com a Hidra, até o Lodo tem seu valor
aumentado com essa opção, mas isso deixa o deck com uma modelagem excepcional
contra agressividade e vulnerável contra controle, o que não será uma grande
estratégia no futuro próximo.
Parte Preta
Lotleth Troll pressiona rápido, é um elemento surpresa e tem
boa interação contra agressividade, sua resistência à remoção também é
relevante.
Corpsejack Menace tem o caráter mais surpreendente de todas
as cartas, além de ser ao lado do Biomante a curva perfeita para a Hidra, 32 de
dano no quinto ou sexto turno é algo que precisa ser respondido.
Dreg Mangler faz com que o BG seja a versão mais agressiva
de todas, interagindo bem com a Hidra, o Troll e Menace.
Jarad é aquela carta que eu sempre quis usar e não consegui,
acho que será cortado logo, mas enquanto estou só me divertindo com as
oportunidades da rotação ele fica.
Korozda também tem a função de completar o time, suas
habilidades são boas, mas nada espetacular, somado ao Lich é o terceiro slot de
algo melhor do porvir.
Sides
Witchstalker que tendem a ir para o main se Esper continuar
se multiplicando e ascendendo, ampliando sua contagem para 4, inclusive.
Arco de Niléia defende bem no ganho de vida, torna a Hidra
mais letal, aumenta a contagem de marcadores, devolve criaturas para o Garruk
buscar (bastante improvável) e cuida de incômodos alados, só daqueles pequenos.
É tanta coisa sem ser realmente bom em algo que parece obrigatório estar no
side.
Colosso do Arvoredo trata de um mal sempre presente na mente
do mago verde, aquilo que vem dos céus, seu corpo é capaz de refutar todos
grandes voadores do formato e tem o bônus de virar mais monstro que eles já
colocando algum no chinelo, ter condição de enfrentar deuses também conta a seu
favor.
Fog, pois nem sempre poderemos lidar com a velocidade
inimiga superando sua quantidade com nosso tamanho e algumas corridas podem ser
muito apertadas sem algum truque na manga.
Hidra Talha-Bruma é a ferramenta definitiva para enterrar
magos azuis que insistem em ficar usando truques de donzela.
Cada cor recebeu algo que parece adequado, apesar da
reduzida quantidade, no vermelho são 2 Burning Earth para atrapalhar decks de 3
cores; no azul são 2 Gainsay para atrapalhar e surpreender; no branco são 2
Rotborn Defenses, impedindo que sejamos varridos com uma bela mesa montada: e,
no preto são 2 Chicote de Erebos para ajudar em corridas.
Outras fontes
Garruk é tão forte que essas inspirações são apenas o começo
de algo extremamente prolífico que é o pensar em decks ao seu redor.
Qualquer deck com 20 criaturas terá por seis manas mais de 2
cartas e um planeswalker com 5 marcadores, parece justo, caso você desvire com
ele vivo começa a injustiça.
Mas nem só de Garruk se vive, ainda pretendo experimentar um
BR agressivo com topo da curva no Cerbero mítico e o Jund Calígula, com O
Orgíaco e Demônio da Profanação.
Abraços!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Hidra Talha-Bruma é a ferramenta definitiva para enterrar magos azuis que insistem em ficar usando truques de donzela." HAHAHAHA
ResponderExcluirOrs seu....seu... jogador de verde !
Ótimo artigo ! Garrukão realmente é mito. Pena que gosta de beijar guepardos e rapazes haha
Vamos ver como vai ficar o meta, o bacana das rotações é justamente esse ambiente de ideias e testes
Curti muito o texto.
ResponderExcluirSó um adendo, se tu não possibilita de uma ferramente para visualizar os cards, te aconselho a escrever o nome dos cards em inglês e postar alguma nota em seu blog, ou até mesmo no começo do post para os leitores baixarem o aplicativo para chrome e firefox: autocardanywhere. Fica muito melhor para visualizar deck lists na net. :)
Abração.